Artigos | Postado no dia: 24 setembro, 2025
Trabalhador de usina e o direito às horas extras [2025]

O trabalho em usinas de cana-de-açúcar é um dos mais intensos do setor agrícola. A rotina de corte, moagem e produção exige esforço físico, muitas vezes em jornadas longas.
Por isso, é comum surgir a dúvida: quando o trabalhador de usina tem direito a hora extra?
Saber como funciona a jornada de trabalho do trabalhador de usinas de cana é essencial para garantir que todos os direitos sejam respeitados. O adicional de horas extras pode fazer grande diferença no salário, principalmente durante o período de safra.
Siga a leitura para entender seus direitos.
Como funciona a jornada de trabalho do trabalhador de usinas de cana
De acordo com a CLT, a jornada normal de trabalho é de 8 horas por dia e 44 horas semanais. Esse limite também vale para quem atua nas usinas, seja no corte da cana, no transporte ou dentro da linha de produção.
Na prática, o ritmo de trabalho em usinas pode variar muito. Em épocas de colheita, é comum que os turnos sejam estendidos para atender a produção.
Se o limite legal for ultrapassado, o trabalhador de usina tem direito a hora extra, sempre acrescida de um adicional mínimo de 50% sobre a hora normal.
Vale lembrar que acordos coletivos podem estabelecer regras diferentes, como banco de horas ou escalas específicas. Mesmo assim, qualquer hora que ultrapassar o limite acordado deve ser paga como extra.
Quando o trabalhador de usina tem direito a hora extra?
O trabalhador de usina tem direito a hora extra em várias situações do dia a dia. Se a jornada ultrapassar 8 horas diárias, a empresa deve pagar a diferença com adicional.
Outro caso comum é quando a empresa não concede o intervalo para descanso e alimentação. A Justiça do Trabalho entende que o tempo suprimido deve ser pago como hora extra.
Portanto, se o trabalhador de usina for obrigado a reduzir ou pular a pausa, esse período deve aparecer no contracheque.
Além disso, se a empresa exigir que o trabalhador fique à disposição antes ou depois da jornada (seja esperando transporte ou cumprindo atividades fora do horário registrado) esse tempo também deve ser contado como hora extra.
Como exigir o pagamento das horas extras em usinas
Muitos trabalhadores têm receio de reclamar seus direitos. No entanto, a lei garante proteção. O primeiro passo é verificar o controle de ponto. Se a empresa utiliza cartão ou sistema eletrônico, peça sempre cópia dos registros.
Se houver diferença entre o que foi trabalhado e o que aparece no holerite, o trabalhador pode conversar com o RH ou com o sindicato da categoria.
Caso não haja solução, é possível ingressar com ação na Justiça do Trabalho, que pode obrigar a empresa a pagar todas as horas devidas, com juros e correção.
Outro ponto importante é guardar provas.
Anotações pessoais, mensagens de supervisores ou testemunhas de colegas podem ajudar a comprovar a jornada real. A Justiça costuma reconhecer essas evidências quando o empregador não apresenta registros corretos.
Por que é importante conhecer seus direitos
Entender como funciona a jornada de trabalho do trabalhador de usinas de cana ajuda a evitar abusos. Muitas vezes, o cansaço e a necessidade de manter o emprego fazem com que os trabalhadores aceitem sobrejornadas sem pagamento justo.
As horas extras em usina representam uma compensação pelo esforço adicional.
Além do aspecto financeiro, esse direito tem relação direta com a saúde do trabalhador, já que jornadas excessivas aumentam o risco de acidentes e doenças ocupacionais.
Quando o trabalhador exige seus direitos, ele fortalece toda a categoria. O pagamento correto das horas extras pressiona as empresas a manterem condições de trabalho mais equilibradas, beneficiando todos os colegas da usina.
Perguntas frequentes sobre horas extras em usinas
- Como funciona a jornada de trabalho do trabalhador de usinas de cana?
A regra é de 8 horas por dia e 44 horas semanais, salvo se houver acordo coletivo estabelecendo turnos diferentes. - O trabalhador de usina tem direito a hora extra no período da safra?
Sim. Sempre que a jornada ultrapassar o limite legal ou o previsto em acordo coletivo, deve ser paga como hora extra. - O que fazer se a empresa não paga as horas extras em usina?
O trabalhador pode procurar o sindicato, registrar reclamação no Ministério do Trabalho ou entrar com ação na Justiça do Trabalho. - As pausas para descanso contam como hora extra se não forem concedidas?
Sim. Se o intervalo não for respeitado, o tempo deve ser pago como hora extra, com adicional mínimo de 50%. - Preciso de provas para reclamar horas extras em usinas?
Sim. Registros de ponto, testemunhas, mensagens e até anotações pessoais podem ajudar a comprovar a sobrejornada.
Conclusão
As horas extras em usinas são um direito garantido por lei e fundamental para a valorização do trabalhador.
Sempre que a jornada ultrapassar o limite legal ou que as pausas não forem respeitadas, o trabalhador de usina tem direito a hora extra, com pagamento do adicional correspondente.
Saber como funciona a jornada de trabalho do trabalhador de usinas de cana é o primeiro passo para proteger sua saúde, seu tempo e seu salário.
Conhecer os direitos trabalhistas garante não apenas justiça individual, mas também respeito para toda a categoria.